Olá pessoas! Como estão?
Chegou a hora de comentar os animes que estão estreando na temporada do verão japonês! Eu sei que já faz mais de uma semana que a temporada começou, porém como na Summer há um anime da Mizuki Nana (Blood-C), eu decidi só iniciar a temporada só quando tal anime estreasse (foi a mesma coisa com DOG DAYS, na Spring). Como Blood-C foi um dos últimos a estrear, as reviews aqui no Mithril também demoraram (comparado a outros blogs de anime que estão resenhando a temporada). Mas relaxem, está tudo bem agora e que comece a nova temporada de animes, cheio de promessas e algumas prováveis decepções.

Pois bem, o primeiro anime da temporada que irei comentar é Blood-C! Produção da Production I.G em parceria com o CLAMP, Blood-C é um reboot da série “Blood” que começou com um filme em 2000 dirigido por Hiroyuki Kitakubo (Blood: The Last Vampire) e um anime em 2005 dirigido por Junichi Fujisaku (Blood+). A série ganhou também diversas adaptações para mangá e também Light Novels. Blood tem também um filme em Live-Action lançado em 2009 em uma parceria entre França, Hong-Kong e Reino Unido. O Japão não está diretamente relacionado à produção do filme apesar do mesmo ter o aval da Production I.G.
Como podem ver, Blood é uma série que já foi explorada em praticamente todas as mídias possíveis, porém eu, assim como muita gente, só considero o filme e o anime. O resto é spin-off. O anime, Blood+, tem 50 episódios e conta com grandes nomes em sua produção como o compositor Hans Zimmer, um dos maiores mestres de trilha sonora no mundo. Apesar de ser de 2005, a série até hoje é atual devido a sua animação acima da média para uma série de TV da época e enredo extremamente bem explorado. Mas e Blood-C, onde entra nessa história?
A meu ver, Blood-C é uma tentativa da Production I.G de tornar Blood uma série mais “amigável” para todos os públicos. Quem assistiu Blood+ e principalmente The Last Vampire, sabe que a série é feita para um nicho que não só curte vampiros, mas também uma trama mais política. Blood+ por exemplo, é um anime extremamente militar, ainda mais por se passar em Okinawa, lugar onde fica a base do exército americano no Japão. Para transformar a série em algo mais “de massa” (e talvez até para aproveitar a onda vampiresca no mundo), o estúdio resolver chamar as popstars do CLAMP para adaptar a série, fazer a sua versão da história. Daí o “C” do nome. Todos que leram o preview que fiz da temporada sabem que eu não gosto muito do CLAMP e acho Blood+ uma série perfeita demais para ter um reboot e mesmo sendo um anime que a MIZUKI NANA dubla a Saya, personagem principal da série e canta o encerramento da mesma, eu fiquei com certo receio de assistir o anime. E não é que eu estava certo em ficar receoso?
A animação de Blood-C é indiscutivelmente bem feita. Não vi praticamente nenhuma falha neste quesito no primeiro episódio. A animação segue fluente durante o episódio inteiro e não diminui de qualidade em nenhum segundo, nem mesmo nas cenas mais agitadas. O traço da Saya ficou bem legal, deixaram ela com longas madeixas presas dos dois lados da cabeça, algo absolutamente normal para um anime do CLAMP onde as personagens na sua grande maioria têm cabelos bem trabalhados e um traço bem fino. A Saya de Blood-C pode ser totalmente diferente (TOTALMENTE) da Saya de Blood+ (de TLV nem se fala) mas ainda assim gostei bastante do visual da personagem, ficou bem bonita.
O problema, amigos, começa quando a gente vai falar do enredo. Em Blood-C, Saya é uma garota colegial que mora em um tempo junto de seu pai e certo dia recebe do mesmo a dádiva de herdar uma espada, depois de passar por diversos desafios para conseguir tal feito. Seu pai, Tadayoshi, é o mestre do tempo onde os dois moram e tem aquele ar de seriedade típica deste tipo de personagem. Saya então, com a tal espada, será testada diversas vezes por criaturas e forças sobrenaturais para se tornar mais forte e defender aqueles que ela ama. Lindo, mas que foge do que seria a essência de Blood.
O primeiro episódio do anime tem um clima muito alegre, eu diria alegre até demais! A Saya, quem em Blood+ começou ingênua e aos poucos foi se tornando cada vez mais madura (a série não só evolui no enredo como o tempo passa, os personagens crescem, a Saya vira mais mulher), em Blood-C é apresentada como uma personagem até algumas vezes boba, atrapalhada. Tenho certeza absoluta que irão desenvolver a personagem, óbvio, mas ainda assim achei a Saya de Blood-C totalmente diferente da personagem que eu gostaria que o anime tivesse. Sem falar que eu não acredito que em Blood-C irão colocar os Chiropterans, tenho receio até se irão colocar vampiros. Em 2005 misturaram sobrenatural com ficção cientifica, aqui provavelmente focarão no sobrenatural. Posso estar sendo um fã xiita demais (eu sou maluco por Blood+), mas pera lá amigos, que porra é essa? TEM QUE VER ISSO AÍ.
Sobre a dublagem. Óbvio, _ÓBVIO_ que eu não deixaria de falar da dublagem. A série tem ótimas vozes que combinam perfeitamente com os personagens. A Nana como Saya ficou perfeita. Usando uma voz mais forte em momentos de tensão, ela mostra o porquê de ser tão boa. No cast de seiyuus da série, além da Nana há diversos outros nomes, um deles, o da seiyuu e amiga da Nana, Misato Fukuen. Para quem não sabe, a Nana e a Misato tem um programa de rádio chamado SMILE GANG há mais de 7 anos (!!) onde contam novidades, conversam com o público e fazem outras coisas de idol. Achei incrível as duas voltarem a fazer um anime junto, talvez a ultima grande produção que elas estavam diretamente envolvidas foi Rosario to Vampire. Depois disso, só apareciam juntas esporadicamente. A abertura do anime (Spiral, da banda DUSTZ) é bem legal e o encerramento (Juketsu PARADOX, da [deusa] Mizuki Nana) é INCRÍVEL! Porém não irei comentar do single aqui já que este post não é da Nana, mas sim do anime.
Para finalizar, não é que eu não tenha gostado de Blood-C… eu gostei! Mas devido a quantidade de coisas que estão diferentes e pelo meu carinho com Blood+, algumas coisas em Blood-C me deixaram meio incomodado (e eu não estou nem falando dos personagens masculinos do CLAMP com suas pernas de 2 metros, enfim…). Continuarei assistindo Blood-C, pois o anime tem uma qualidade realmente boa, e apesar de tudo o que falei, acredito que a série tem potencial, mesmo sendo tão diferente, se souberem explorar bem o enredo que até agora me pareceu meio estranho. Será uma série popular? Sem dúvidas, mas terá que me conquistar para conseguir me prender na trama.

Imagens do Episódio:

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4 respostas para “Blood-C #1”.

  1. Avatar de grind_

    É veio, me empolguei demais a toa !Deixa eu voltar p/os 50 episódios de Blood+ !Foram os 18gb mais bem investidos do bom e velho John Torrent !Sim são as imagens do dvd gringo com direito a capas e rótulos. Um amigo pegou esse “pacotinho” colocou legendas pt-BR e o som do “venezuela-max” e ficou ninja !O custo foram 9 midias de 8.5gb mas valeu a pena !

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  2. Avatar de Pato Supersônico

    Decadência pura… =(Se é para descaracterizar tanto, teriam sido mais felizes se tivessem lançado essa obra como um título original. O anime em si é legal, mas definitivamente não faz jus ao nome.Blood C vai virar o Gundan Wing da franquia Blood.

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  3. Avatar de Anonymous
    Anonymous

    os personagens de blood+ voltam em blood-C ???? a historia de blood-C tem alguma ligação com blood+??? são tantas duvidas. tô meio com receio de assistir blood-c e me decepcionar!!!

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  4. Avatar de Carolina
    Carolina

    Eu tbm AMO O BLOOD+!!!!!!!!!!!!e infelizmente vi o blood-c e eu estaria mentido se disse-se que amei….eu gostei!mas,o anime é um pouco estranho ao meio ver,principalmente os famosos “Chiropterans”,teve até um episódio que o monstro parecia ou era um homem de armadura com vários braços!e o final eu não entendi o motivo ou se ele queria provar alguma coisa sobre ou usando a saya o.0…No fim eu não entendo esse blood-c e nem o NANAHARA!!!

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